quarta-feira, 18 de junho de 2014

Quem és tu de novo de Jorge Palma


Não me canso de ouvir!




Quando a janela se fecha e se transforma num ovo
 Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
 E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo?

 Quando o teu cheiro me leva às esquinas do vislumbre
E toda a verdade em ti é coisa incerta e tão vasta
 Quem sou eu para negar que a tua presença me arrasta?
 Quem és tu, na imensidão do deslumbre?

 As redes são passageiras, as arquitecturas da fuga
 De toda a água que corre, de todo o vento que passa
 Quando uma teia se rasga ergo à lua a minha taça
 E vejo nascer no espelho mais uma ruga

 Quando o tecto se escancara e se confunde com a lua
 A apontar-me o caminho melhor do que qualquer estrela
 Ninguém me faz duvidar que foste sempre a mais bela
 Por favor, diz-me que és alguém, de novo?

 Quando a janela se fecha e se transforma num ovo
 Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo?

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