terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Toquinho e a sua Aquarela ilustrada!

Um dos meus poemas predilectos divinamente cantado e brilhantemente ilustrado!
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu

Vai voando, contornando a imensa curva norte-sul
Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando
É tanto céu e mar num beijo azul

Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindo
E se a gente quiser ele vai pousar

Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo

Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida
Depois convida a rir ou chorar

Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
Que descolorirá
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Que descolorirá
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Que descolorirá...

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Carminho e Rao Kyao...a noite gosta de mim!

Mais uma dupla perfeita!
Sei que estás ao pé de mim
Quando o tempo se repete
E o dia chega ao fim
Sem que a noite se inquiete

Nos instantes repetidos
Em que escuto o teu cansaço
sou igual aos meus sentidos
E o tempo igual ao espaço

Mas se o tempo é infinito
Quando o dia chega ao fim
Fecho os olhos e repito
A noite gosta de mim

E peço ao tempo e ao mundo
Que me seja permitido
Viver um breve segundo
Que tu já tenhas vivido

Mas se o tempo é infinito
Quando o dia chega ao fim
Fecho os olhos e repito
A noite gosta de mim

Nos instantes repetidos
Em que escuto o teu cansaço
sou igual aos meus sentidos
E o tempo igual ao espaço

Mas se o tempo é infinito
Quando o dia chega ao fim
Fecho os olhos e repito
A noite gosta de mim

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Manuel Alegre sobre Eusébio

Apesar de já terem passado alguns dias, penso que este é um poema que diz tudo o que é importante que seja dito. Tudo o resto é folclore... e fogueira de vaidades.


Eusébio

Havia nele a máxima tensão
Como um clássico ordenava a própria força,
sabia a contenção e era explosão,
havia nele o touro e havia a corça.

Não era só instinto, era ciência,
magia e teoria já só prática.
Havia nele a arte e a inteligência
do puro jogo e sua matemática.

Buscava o golo mais que golo: só palavra.
Abstracção. Ponto no espaço. Teorema.
Despido do supérfluo rematava
e então não era golo: era poema.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

A fada Oriana

Meninos do 5º E,

Já têm a leitura feita? Terça-feira temos ficha, certo?

Beijocas!