quarta-feira, 18 de junho de 2014

Quem és tu de novo de Jorge Palma


Não me canso de ouvir!




Quando a janela se fecha e se transforma num ovo
 Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
 E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo?

 Quando o teu cheiro me leva às esquinas do vislumbre
E toda a verdade em ti é coisa incerta e tão vasta
 Quem sou eu para negar que a tua presença me arrasta?
 Quem és tu, na imensidão do deslumbre?

 As redes são passageiras, as arquitecturas da fuga
 De toda a água que corre, de todo o vento que passa
 Quando uma teia se rasga ergo à lua a minha taça
 E vejo nascer no espelho mais uma ruga

 Quando o tecto se escancara e se confunde com a lua
 A apontar-me o caminho melhor do que qualquer estrela
 Ninguém me faz duvidar que foste sempre a mais bela
 Por favor, diz-me que és alguém, de novo?

 Quando a janela se fecha e se transforma num ovo
 Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo?

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Era de noite e levaram... pelos UHF

A canção de Zeca Afonso e Luís Andrade, 40 anos depois...a mesma força mas por outra geração!
Era de noite e levaram
Era de noite e levaram
Quem nesta cama dormia
Nela dormia, nela dormia

Sua boca amordaçaram
Sua boca amordaçaram
Com panos de seda fria
De seda fria, de seda fria

Era de noite e roubaram
Era de noite e roubaram
O que na casa havia
na casa havia, na casa havia

Só corpos negros ficaram
Só corpos negros ficaram
Dentro da casa vazia
casa vazia, casa vazia

Rosa branca, rosa fria
Rosa branca, rosa fria
Na boca da madrugada
Da madrugada, da madrugada

Hei-de plantar-te um dia
Hei-de plantar-te um dia
Sobre o meu peito queimada
Na madrugada, na madrugada