quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Mariana Abrunheiro canta... Paredes

Ouvi hoje na radio esta voz, perfeita, para estas melodias eternas! À espera do Fado Moliceiro que ela canta divinamente...

Era o amor
Que chegava e partia
Estarmos os dois
Era um calor, que arrefecia
Sem antes nem depois

Era um segredo
Sem ninguém para ouvir
Eram enganos e era um medo
A morte a rir
Nos nossos verdes anos

Foi o tempo que secou
A flor que ainda não era
Como o outono chegou
No lugar da primavera

Era o amor
Que chegava e partia
Estarmos os dois
Era um calor, que arrefecia
Sem antes nem depois

Era um segredo
Sem ninguém para ouvir
Eram enganos e era um medo
A morte a rir
Nos nossos verdes anos

No nosso sangue corria
Um vento de sermos sós
Nascia a noite e era dia
E o dia acabava em nós

Letra de Pedro Tamen

domingo, 1 de novembro de 2015

Santórios... uma tradição esquecida!

Em algumas zonas da região centro, a tradição de pedir santórios era acompanhada por estas palavras:

Bolinhos e bolinhós
Para mim e para vós,
Para dar aos finados
Que estão mortos e enterrados
À porta da bela cruz
Truz! Truz! Truz!

( batem as crianças à porta e dizem ou cantam)

A senhora que está lá dentro
Sentada num banquinho
Faz favor de vir cá fora
P´ra nos dar um bolinho (ou um tostãozinho)

(E se forem bem sucedidos)

Esta casa cheira a broa,
Aqui mora gente boa.
ou
Esta casa cheira a vinho,
Aqui mora um santinho.

(Se nada receberem )

Esta casa cheira a alho
Aqui mora algum bandalho (ou espantalho).
ou
Esta casa cheira a unto,
Aqui mora algum defunto!

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Aquilo que eu não fiz... por Tiago Bettencourt




Eu não quero pagar por aquilo que eu não fiz
Não me fazem ver que a luta é pelo meu país
Eu não quero pagar depois de tudo o que dei
Não me fazem ver que fui eu que errei

Não fui eu que gastei
Mais do que era para mim
Não fui eu que tirei
Não fui eu que comi
Não fui eu que comprei
Não fui eu que escondi
Quando estavam a olhar
Não fui eu que fugi
Não é essa a razão
Para me quererem moldar
Porque eu não me escolhi
Para a fila do pão
Este barco afundou
Houve alguém que o sugou
Não fui eu que não vi

Eu não quero pagar por aquilo que eu não fiz
Não me fazem ver que a luta é pelo meu país
Eu não quero pagar depois de tudo o que dei
Não me fazem ver que fui eu que errei

Talvez do que não sei
Talvez do que não vi
Foi de mão para mão
Mas não passou por mim
E perdeu-se a razão
Tudo o bom se feriu
Foi mesquinha a canção
Desse amor a fingir
Não me falem do fim
Se o caminho é mentir
Se quiseram entrar
Não souberam sair
Não fui eu quem falhou
Não fui eu quem cegou
Já não sabem sair

Eu não quero pagar por aquilo que eu não fiz
Não me fazem ver que a luta é pelo meu país
Eu não quero pagar depois de tudo o que dei
Não me fazem ver que fui eu que errei

Meu son(h)o é de armas e mar
Minha força é navegar
Meu norte em contraluz
Meu fado é vento que leva
E conduz
E conduz
E conduz

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O submarino Irrevogável de Rogério Charraz com Sensi!

Entre as férias e o quase início de Campanha Eleitoral...Original! Delicioso! Ousado!

 
Eu sou o Submarino Irrevogável
Muito inteligente, pouco recomendável
Eu sou o Submarino Irrevogável
Pouco transparente, muito maleável(bis)

Já fui um jornalista
Muito independente
Não havia político
A quem não ferrasse o dente

Perdi o meu ferrão
Ao primeiro ministério
Se a incoerência matasse
Morava num cemitério...

Eu sou o Submarino Irrevogável...

Eu cá já fui Ministro
Mas bati com a porta
Acabei promovido
A vice da cepa torta

Gosto de me coligar
Mas não tenho preferência
É o poder que me move
Não a minha consciência

Eu sou o Submarino Irrevogável...

Dentro do meu partido
Eu sou Senhor e Rei
Cá todos se governam
Esta é a minha lei

Deus, Pátria e Família
Conheço-os de cor
Trocado por miúdos
Eu sou um conservador!

Conservador, ditador, diplomata da mentira
Camuflado, atrás do fato, semeando a intriga
Alargando o cinto p`ra esconder essa barriga
Envenenas o País ao ritmo da tua cantiga (Chega!)
Já ninguém papa do teu prato
Vai abrir a caça ao pato
Cuidado olha p`ra trás
És gato, o povo é rato
Vai sorrindo, enchendo o saco
A verdade tem um prazo
O poder fez-te fraco mas...
O País é nosso!

Eu sou o Submarino Irrevogável...

sábado, 4 de julho de 2015

Soneto do amigo por Vinicius Morais



Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...


Uma viagem tranquila, Manel...

sábado, 30 de maio de 2015

Ala dos Namorados... O que mais custa...

Como não encontrei a versão com a Ana Bacalhau, que prefiro, aqui vai a oficial.

Talvez seja isto a solidão
Este nó no coração
Apertado com saudade...

Talvez seja isto o abandono
como as folhas do outono
Que se espalham na cidade...

Talvez seja só isto que sobra
quando o tempo vem e cobra
a alegria que nos deu...

Talvez seja só isto que resta
quando nada já nos presta
quando tudo já doeu...

O que mais custa...
É não saber de ti...
Não saber se me esqueceste,
Não saber se me perdeste,
Não saber se te perdi...

Talvez se eu voltasse a ser brinquedo
Eu matasse este meu medo
De já não servir ninguém..
.
Talvez se eu voltasse à tua mão
Se acabasse a escuridão
(E) se eu visse mais além..

Talvez seja isto que magoa
Ver que o tempo não perdoa
E que o teu amor passou...

Talvez seja assim que tudo acaba
Pode ser que talvez nada
Nos avise que acabou...

O que mais custa...
É não saber de ti...
Não saber se me esqueceste,
Não saber se me perdeste,
Não saber se te perdi.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Meus lindos olhos por Mafalda Arnauth

Viva quem assim escreve e quem assim canta...

Meus lindos olhos, qual pequeno deus
Pois são divinos, de tão belos os teus.
Quem, tos pintou com tal condão
Jamais neles sonhou criar tanta imensidão.

De oiro celeste,
Filhos de uma chama agreste
Astros que alto o céu revestem
E onde a tua história é escrita.

Meus lindos olhos, de lua cheia
Um esquecido do outro, a brilhar p´rá rua inteira.
Quem não conhece o teu triste fado
Não desvenda em teu riso um chorar tão magoado.

Perdões pedidos
Num murmúrio desolado
Quando o réu morava ao lado
Mais cruel não pode ser.

Este fado que aqui canto
Inspirou-se só em ti
Tu que nasces e renasces
Sempre que algo morre em ti
Quem me dera poder cantar
Horas, dias, tão sem fim
Quando pedes só pra mim
Por favor só mais um fado.(bis)


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O tempo não para: Miguel Gameiro por Mariza

Momento oportuno para pensar...




Eu sei, que a vida tem pressa
que tudo aconteça,
sem que a gente peça,
Eu sei,
Eu sei, que o tempo não pára,
tempo é coisa rara
e a gente só repara,
quando ele já passou

Não sei, se andei depressa demais
Mas sei que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo,
que me dê mais tempo
para olhar para ti
De agora em diante,
não serei distante
Eu vou estar aqui

Cantei,
cantei a Saudade da minha cidade
e até com vaidade, cantei
Andei, pelo Mundo fora
e não via a hora
de voltar para ti

Não sei, se andei depressa demais
Mas sei que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo,
que me dê mais tempo
para olhar para ti
De agora em diante,
não serei distante
Eu vou estar aqui


domingo, 22 de fevereiro de 2015

Polo Norte: Se eu voltasse atrás...

A verdade é que é inevitável não pensar nisto...




Ainda me lembro
Quando tinha a tua idade
Corria pelas ruas
E não percebi

São esses tempos
Que nos deixam mais saudades
Os melhores momentos
Que eu já vivi

Se eu voltasse atrás
Por minha vontade
Trocava alguns anos desta vida
Por um só dia na tua idade

As noites passadas
À volta de uma fogueira
As histórias contadas
Em tom de brincadeira

Promessas eternas
E segredos que guardava
Os amigos que fazia
Por onde passava

Se eu voltasse atrás
Por minha vontade
Trocava alguns anos desta vida
Por um só dia na tua idade.


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

As palavras, às vezes, são imagens, frequentemente são imagens...

Como escreve Possidónio Cachapa? Já li " Materna Doçura" Agora estou tentada a ler "Viagem ao coração dos pássaros".


segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Dina como eu!

Penso assim mesmo: há sempre música dentro de mim! E que, quem canta, seus males espanta...




Pela manhã sinto a vontade de cantar
Acordo a voz, agarro a música no ar
Não sei bem se é por magia
Ou se é mesmo assim
Há sempre música dentro de mim

Não chores não quando a tristeza te doer
Acorda a voz, canta uma música qualquer
Qualquer música tem magia
Há na música uma alegria
Que vibra lá dentro de ti

Há sempre música entre nós
Não chores não, acorda a voz
Cantaremos até o dia nascer...
Há sempre música entre nós
Nós a cantar não estamos sós
Cantaremos até ao amanhecer...

Pela manhã sinto a vontade de cantar
Acordo a voz, agarro a música no ar
Qualquer música tem magia
Há na música uma alegria
Que vibra lá dentro de ti

Há sempre música entre nós
Não chores não, acorda a voz
Cantaremos até o dia nascer...
Há sempre música entre nós
Nós a cantar não estamos sós
Cantaremos até ao amanhecer...
Até o dia nascer
Até ao amanhecer
Até o dia nascer