sexta-feira, 19 de outubro de 2018
Carolina Deslandes e a Nuvem Avô!
Tinhas as mãos enrugadas e cheias de histórias
A roupa lavada e vem-me à memória
Como me embalavas depois de jantar.
Tinhas o rosto sereno, calmo e sempre vivo
E o meu corpo pequeno, mas tão emotivo
Não te sabe lembrar sem chorar
Eras da minha alma, da minha casa
Eu era tua costela
Dormia na tua sala, na tua asa
Quente como a chama de uma vela.
E agora não te tenho, só te lembro
E gosto de te cantar
Guarda um cantinho da tua nuvem
Para um dia eu lá morar
Tinhas um corpo de lar
E um cheiro a infância
Os olhos de mar, e hoje à distância
Se fechar os olhos ainda lá estou
E deitada no teu colo
O mundo era meu,
Só me resta o consolo
De que aí no céu
Exista uma nuvem com nome de Avô.
Eras da minha alma, da minha casa
Eu era tua costela
Dormia na tua sala, na tua asa
Quente como a chama de uma vela.
E agora não te tenho, só te lembro
E gosto de te cantar
Guarda um cantinho da tua nuvem
Para um dia eu lá morar
Há um sítio lá ao pé do sol
Onde eu te vou encontrar
Há um sítio lá ao pé do sol
Onde eu te vou encontrar
Eras da minha alma, da minha casa
Eu era tua costela
Dormia na tua sala, na tua asa
Quente como a chama de uma vela.
E agora não te tenho, só te lembro
E gosto de te cantar
Guarda um cantinho da tua nuvem
Para um dia eu lá morar
E agora não te tenho, só te lembro
E gosto de te cantar
Guarda um cantinho da tua nuvem
Para um dia eu lá morar
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